quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DIAGNÓSTICO CINÉTICO FUNCIONAL


A atribuição profissional da emissão do parecer sobre acondição cinesiológica e os conseqüentes impactosfuncionais na vida do paciente, nasce praticamente de forma simultânea com o reconhecimento da profissão em 1969, mas certamente fica marcada de forma mais incisiva a partir da resolução COFFITO 10 de 1978 e em especial na excelente resolução COFFITO 80 de 1987.A intervenção deve ser retro-alimentada por atitudes críticas e investigativas a cerca dos resultados produzidos pelas ações das terapêuticas firmadas. Nesse sentido, o Diagnóstico Cinético Funcional é crucial para a efetividade da assistência prestada, bem como, para a resolutividade em Fisioterapia, independentemente da especialidade em foco.Parametrar os níveis cinesiológicosfuncionais encontrados na avaliação, confrontando-os com os padrões de normalidade (literatura científica da área) referenciados, irá permitir que desvios da normalidade sejam encontrados, o que caracteriza anormalidade, ou seja, definem diagnóstico em Fisioterapia. As reflexões nesse sentido são necessárias, mas talvez mais importante ainda, é o que hoje a sociedade exige do profissional fisioterapeuta. Senão de forma explícita e verbalizadapelo paciente de repúdio ao ranço profissional ultrapassado e antiquado, acaba ocorrendo através de sinalizações por vezes severas de mercado. As demandas impostas aos profissionais de saúde hoje envolvem a cobrança por resolutividade, vide o grande “bum” das técnicas manuais dentro da Fisioterapia Moderna. O paciente clama pelas “soluções rápidas aos seus problemas” e a Fisioterapia já de alguns anos vem tendo que adequar-se a essas exigências. O modelo do profissional que abraça-se ao paciente por sessões e sessões infindáveis muitas vezes para o resto da vida é a referência da Fisioterapia que ninguém mais quer, que o paciente não recomenda, não procura mais e de forma crítica e instigadora, não suporta. A Fisioterapia Moderna exige que o profissional faça sentido na vida do sujeito que a procura, sendo que para que isso ocorra, há necessidade de clareza de objetivos terapêuticos, que são dependentes de um diagnóstico decorrente de uma boa avaliação. A valorização da função e não dos sintomas, em especial os dolorosos, auxilia da mesma forma a profissão a fazer sentido na vida das pessoas, pois muda-se o foco de atenção da dor para a função. Em alguns casos a identificação de funções comprometidas parece de difícil estabelecimento, no entanto, algumas relações com outras áreas do conhecimento da própria saúde podem auxiliar como por exemplo, o conceito de aptidão, mais especificamente aptidão física. Estar apto ou ter boa aptidão física representa ter funções por vezes específicas e elaboradas como coordenação, habilidade motora, destreza, resistência, flexibilidade, potência, entre outras qualidades físico-funcionais para a especificidade de certas atividades humanas. Numa melhor compreensão da representação que tem o Diagnóstico do fisioterapeuta, o Diagnóstico ou Parecer Cinético Funcional, pode-se dimensionar o gigantesco papel que a Fisioterapia têm dentro da nossa sociedade, nas suas relações e impacto no trabalho, no esporte, no lazer, na estética corporal, nas AVD´s e AVP´s, enfim, na essência dos potenciais de vida das pessoas.     


Prof. Dr. Willians C. Longen



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